domingo, agosto 20, 2006

SER FELIZ

(...)
“A Felicidade é como a bruma que o vento vai levando pelo ar,
Voa tão leve mas tem a vida breve,
Precisa que haja vento sem parar.”*

Quando se pergunta a alguém o que mais aspira, em regra, a resposta é ser feliz. E a comprovar temos os ingleses, que num recente estudo acerca da felicidade no mundo(pela Universidade de Leicester), responderam que o seu Governo devia-se preocupar em fazer os seus cidadãos mais felizes antes de os fazer mais ricos. Mas claro que podem pedir isso quando se encontram numa tabela de 178º em 41º lugar!
O que torna ou faz as pessoas felizes? Nos estudos levados a cabo dentro desta temática, que é cada vez mais actual e procurada como um indicador, em termos políticos, de bem-estar de um país, são três os principais factores: saúde/segurança social, riqueza e educação.
Mas analisando o “Top da Felicidade”, encontramos ao lado de países que preenchem aqueles requisitos - como a Dinamarca, Suiça, Aústria e Estados Unidos - todos os que ficam na América Central e do Sul! Portanto, a conclusão aos meus olhos é que existe algo mais para além daqueles...
E espante-se, a China com os seus muitos milhões e com o seu forte sentido de identidade colectiva não se encontra entre os países mais felizes!
E, mais especificamente, em Macau? De facto não é por acaso que os filipinos são considerados os brasileiros do Oriente pois encontram-se dentro dos mesmos valores que os países da América do Sul! Ocorre-me, como não podia deixar de ser, os filipinos que trabalham e moram em Macau. Uma das características que marca estes emigrantes é a sua alegre “tagarelice”.
E os portugueses? Parece-me que de acordo com aqueles critérios seriam felizes. Mas será que somos? Ou será que a felicidade vai mais além?
Será que depende de alguma fórmula interior, que há quem tenha e quem não tenha, fórmula essa que permite, a quem não tenha os “indicadores” de felicidade, ser mais feliz? Optimismo, humildade, dar o verdadeiro valor ao que tem mesmo valor, farão parte dessa fórmula?
Certo, certo é que a aspiração à felicidade é um fim constante cujos meios de alcançar, esses sim, mudam.

*”Felicidade” de Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes

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