(...)No dia seguinte o Principezinho voltou. - Era melhor teres vindo à mesma hora. Se vieres, por exemplo, às quatro da tarde, às três, já eu começo a ser feliz. E quanto mais perto for da hora mais feliz eu serei. Às quatro já começarei a agitar-me e a inquietar-me. É o preço da felicidade. Mas se vieres a uma hora qualquer, nunca posso saber a que horas hei-de vestir o meu coração... São precisos rituais. - O que é um ritual? - É também uma coisa de que toda a gente se esqueceu. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias e uma hora diferente das outras horas. Foi assim que o Principezinho cativou a raposa.
Saint-Éxupery, O Principezinho
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