Homens e mulheres, somos inquestionavelmente diferentes: espiritualmente díspares e, a despeito disso, paradoxalmente compatíveis (física e intelectualmente, bem entendido!).
Ou seja, ali, onde nós pensamos aquilo que eles sentem, sentem eles, acolá, aquilo que nós pensamos...
Quem me conhece, sabe bem que "soutiens queimados" isn't the wave i like to ride! Mais saberá, concerteza, que, desde muito cedo, venho aplaudindo os ideais da Revolução Francesa. E se relativamente à Fraternidade e à Liberdade, arriscaria constatar uma sintonia de valores universal, ao menos no Ocidente; já no que à Igualdade toca, a desafinação é óbvia em qualquer dos pontos cardeais - Norte, Sul, Este e Oeste...
Ensinaram-me na Faculdade de Direito da vetusta e douta Universidade de Coimbra que o Princípio da Igualdade encerra em si mesmo duas dimensões - a da igualdade propriamente dita, devendo tratar-se como igual o que é igual, e a da desigualdade, a qual promove o tratamento desigual de situações naturalmente diferentes.
Assim é, mutatis mutandis, no que concerne à dicotomia homem/mulher. A desigualdade entre machos e fêmeas salta à vista e será, porventura e quanto a mim, absolutamente insuperável!...
Somos efectivamente pares na natureza (animal), muito embora ímpares nas respectivas condições (masculina/feminina) - todos diferentes, todos iguais, é um facto!
Sempre lograrão verificar-se, não obstante, e há que dizê-lo com frontalidade, dissonâncias incontornáveis...
Com isto não quero censurar, entenda-se, quem decide casar ou escolher um parceiro para a vida, mas uma coisa tenho para mim como certa, ao cabo destes 32 anos (que, direis vós legitimamente, valem o que valem!...):afigura-se-me pouco lúcido aquele que antecipa uma harmonia a dois imaculada!!!
Perdoem-me se já não creio em "príncipes encantados", em "belas adormecidas" e muito menos em happy ends....
Somos, tão somente, mulheres e homens, com tudo o que isso implica de antagónico (para não falar das vicissitudes de cada um e que logo se revelam assim que o fogo da paixão abranda...).
Perdoem-me, ainda, a falta de romantismo, mas já não tenho ilusões: homens de um lado, mulheres do outro: cada macaco no seu galho e, como diria um velho amigo, a quem perdi o rasto... (um beijinho para ti, JL , estejas tu onde estiveres!...) :
_"Vai lá vai!" ;o)))))
*Rasgo de inspiração nocturna, depois de mais um dia duro e difícil, @ Rincón de La Esperanza, 23h50 do dia 17/03/07
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