Foste em mim.
Soubesse eu dizer!
O sentido, inédito,
o riso perdido,
o melhor de mim.
Foste a margem na ausência,
e no final encontrei-me a mim.
Tudo o que quis encontrado.
Fui, sendo coisas que nem sabia que era,
Fizeste-me o sentido julgado impossível,
A casa incansavelmente procurada.
Soubesse eu falar a língua das palavras.
Elas haviam de se enfeitar para te dizer o que eu não sei dizer.
Tudo? Talvez. Talvez palavra única,
Mas pequena nesta revolução.
Da sobrevivência soltei o sonho,
Da dor o coração,
Do ar a esperança,
Da manhã a vida.
Foste em mim e eu fui sendo tudo.
Hoje, desperdiçada uma vida, talvez duas,
Hoje o fim morre em mim,
E eu em tudo o que foste
1 comentário:
Claro que isto tinha que acabar. A preferência pela poesia amadora em vez da crítica social em Macau tem pano para poucas mangas.
Enviar um comentário